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sexta-feira, dezembro 16, 2005

As duas faces


Chamem-lhe Jubrusca, ou simplesmente Jubruvka, o que interessa é que (esta) foi um bom pretexto para uma grande surpresa, desmascarada à partida por um riso que conheço há 20 anos e um outro de uma senhora muito respeitável que ora vira as costas, ora comenta o blog de pessoas que não estão no cone...

A verdade é que tinha saudades... saudades de estar com os amigos de todos os tempos, de sair em 'noites da tanga' sem que isso afectasse minimamente a diversão... saudades de rir por causa das brincadeiras de crianças de 2 metros...
Disse um qualquer polaco que por cá passou que o ERASMUS faz crescer... puro engano... não sei se é do alcool ou se é do fascínio juvenil, mas continuo a ter mais dois centímetros do que tal personagem... mesmo sem estar em bicos de pés.

Facto é que, embora algumas coisas mudem, muitas se mantêm na mesma... uns continuam à procura dos sonhos, outros, embora mais felizes do que antes, continuam a sentir-se inspirados por certos sentimentos... por certas relações... pela minha parte, continuo a sentir-me inspirado pelo pi#o do c@r@#$o que afinal não se esqueceu e pela miúda que vira as costas mas que tem uma força e uma coragem que fazem inveja a qualquer pessoa apaixonada deste mundo!

O mais importante, no entanto, é que por muito que aconteça, por muitas costas que se vejam, os colegas são um mito e a verdadeira amizade é aquela que dura... para além da distância... para além dos €2,5 e para além de coisas que aparecem, sem dúvida, sempre que se passam demasiadas horas com outra pessoa... a verdadeira amizade é aquela que faz rir... e chorar... de alegria... é aquela que tem valor... e que só se perde quando não se sabe o que se tem.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

...volta a girar!


Por mais voltas que a vida dê, há coisas (aquelas que menos interessam) que voltam, inevitavelmente, ao mesmo...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Época Natalícia


De todas as 'ocasiões' do ano, a época natalícia é sem dúvida a mais fascinante para mim.
Se se perguntasse às mais diversas pessoas que gostam do Natal o porquê de tal apreço, certamente que iriam aparecer dezenas de teorias...
Diriam uns que gostam de dar... outros de receber... alguns dão especial valor à ideia de estar em família... outros valorizam essencialmente a componente histórica ou religiosa...
Para alguns corresponde ao tempo de férias da 'escolinha' ou do trabalho... para outros a deliciosa época de início de estudo (a sério) para os exames (um verdadeiro fascínio)...
De qualquer forma, nenhuma destas razões me fizeram gostar particularmente desta altura do ano (especialmente a últma :D)... certamente que cada uma dessas coisas podem ser feitas ou vividas em qualquer altura do ano (pelo menos numa boa parte dos casos).

Aquilo que torna esta época especial, para mim, é a magia. Em todos os sentidos. Não sei se será pelo facto de associar o Natal ao frio do Inverno que contrasta com o quentinho do lar, mas esta é aquela fase do ano em que, por mais infeliz que possa estar, é possível contornar essas tempestades com o quentinho interior de cada um.
Óptimo seria se, em qualquer altura do ano em que nos sentíssemos mais em baixo, conseguíssemos encontrar o quentinho que tanto procuramos por dentro... mas é nesta altura que eu encontro a magia que se alia à força e faz de um "querer" um "poder" e de uma tempestade um abrigo... mesmo que seja apenas por um momento... fugaz como tudo o resto...

sábado, dezembro 10, 2005

O Castelo Andante

Somos dois momentos, dois ventos cansados
Em busca da memória, de tempos passados
(Pedro Abrunosa in Silêncio)



Por vezes é difícil lidar com a distância... outras há, no entanto, em que a distância torna tudo bem mais fácil. Não que resolva problemas ou encontre soluções milagrosas, mas por alguns momentos conseguimos 'esquecer' algumas coisas que desejamos a todo o custo apagar não só das nossas memórias, como das nossas vidas.
Chegará, eventualmente, o dia em que a distância se encurta até níveis que ultrapassam o perigo, embalam o risco e acabam numa troca de olhares que tem tanto significado para duas partes distintas, que duvido que alguma delas saiba realmente o que acabou de acontecer.

É uma espécie de castelo andante que nos leva aos mais diversos lugares, sempre que abrimos a porta. Um edifício que com a sua magia nos dá a conhecer mil e um lugares diferentes, mas que acabará, de modo inevitável, por nos levar a um sítio conhecido, com caras que desejamos evitar.

Com alguma sorte, nesta jornada que é a vida, vamos encontrando pessoas que nos acompanham, que conhecem mil e um lugares connosco e nos transportam (com a sua magia) para novos lugares, lindos, de inegável pureza, e acabam com qualquer receio que possa ficar.... porque, no final, o que realmente importa é aquilo que partilhamos e não aquilo que receamos partilhar...

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Novas Tecnologias



Sempre me considerei uma pessoa aberta às novas tecnologias. Por alguma razão, no entanto, a indústria dos telemóveis nunca foi muito convidativa para mim. Cada invenção nova nesta àrea é mais absurda que a anterior... ou então sou eu que sou esquisito...
Uma das últimas modas lançadas foi aquela do auricular... Chamem-me o que quiserem, mas ir descansadamente na rua, passando por alguém com um ar sereno e, de repente (inadvertidamente), ouvir uma voz uns decibéis acima do normal pode ser uma experiência desagradável. Sinceramente nem sei o que é pior... se é estar a falar (aparentemente) para ninguém - e desta forma passar por maluquinho - ou se é mandar um salto, tal o susto que se apanha com o dito 'maluquinho'...

Duma coisa eu tenho a certeza, contudo: por muitos nomes que me chamem, esta é daquelas modas que acho que se deviam guardar para espaços mais reservados... digamos... no carro, na sala, enquanto se joga computador ou se usa o computador para outros fins, enquanto se faz o jantar, etc... mas não no meio da rua, quando se vai sozinho... Duh!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Orgulho


Quando se 'agarra' num conjunto de miúdas, sem saber muito bem com aquilo que se pode contar, as consequências são, no mínimo, surpreendentes.
Recordo-me que há 3 anos, quando comecei a minha jovem carreira de treinador, pensava para mim mesmo: "Bolas, não me vejo a dar treinos a raparigas!"... Tolo... Não fazia ideia do quão interessadas e reconhecidas elas se podiam tornar... É por isso que, passados estes 3 anos (ou dois anos e meio), dois dos quais numa interacção quase diária com este grupo de miúdas, e vendo que elas já são capazes de caminhar "pelo próprio pé", com os valores e a forma de ser que eu (certamente) ajudei a desenvolver em cada uma delas, sinto uma estranha forma de orgulho...
De facto, não há nada melhor (pensava eu) do que "tomar conta" de um grupo de catraias e vê-las crescer fortes, num caminho de "sucesso"...

Neste fim-de-semana tive a oportunidade de assistir pela primeira vez nesta época a um jogo para o campeonato desta equipa que ajudei a formar... uma vitória esmagadora...
Para minha surpresa (e tendo em conta que, para mim, é uma recompensa pessoal qualquer vitória ou reconhecimento atribuído a pessoas 'formadas' por mim - mesmo que ninguém saiba que sinto isso), no final do jogo uma série de pessoas vieram dar-me os parabéns... e eu que nem sou o treinador delas... Obviamente que os cumprimentos e felicitações mais queridos foram os das próprias miúdas...

Com um grande sorriso na cara, fui para os balneários com a minha actual equipa, que jogava logo a seguir... discurso pré-jogo, aquecimento, bola ao ar... Felizmente ficaram na bancada pessoas suficientes para encher o recinto... incluindo aquelas que eu gosto de considerar (em segredo) de "as minhas miúdas"... apoiaram de forma incansável todos os atletas... até que, de repente, começaram a cantar o meu nome! Como me senti orgulhoso... feliz... RECONHECIDO...

Ser pai deve ser lindo...

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A grande vantagem das coisas virtuais é que, quando acabam, podem sempre ser retomadas (eventualmente)...


Load Game! :)